Segundo Confinamento
SEGUNDO CONFINAMENTO
Ano novo… vida semelhante! Terminámos 2020 com a esperança de que 2021 nos trouxesse as nossas vidas e a nossa liberdade de volta, mas mal pusemos um “pezinho” no ano novo, eis que enfrentam
um novo desafio à nossa saúde mental, uma vez que voltamos a estar confinados.
A pandemia tem
testado a nossa saúde mental, sentimo-nos mais ansiosos e o stress volta a
desafiar muitas famílias, não só por motivo da fadiga pandémica, mas também
pela situação de crise instaurada, que tem um forte impacto psicológico em nós.
Sentimentos como
tristeza, angústia, medo, incerteza, cansaço, zanga e impotência são
absolutamente naturais dada a realidade em que vivemos. Mas, efetivamente, já
não somos quem eramos no primeiro confinamento. A primeira vaga pandémica
mostrou-nos a todos e a cada um de nós que somos mais resilientes do que
pensávamos, que perante uma realidade que apenas habituados em ver em filmes,
somos capazes de resgatar competências emocionais que nos permitiram adaptar,
aprender e sobreviver.
Assim, é
importante estarmos atentos às nossas emoções, sentimentos e pensamentos.
Avizinham-se tempos difíceis e o isolamento tem um impacto perigoso na nossa
saúde mental, mas compreender o que sentimos e acreditarmos na nossa capacidade
para lidar com a situação é uma boa ferramenta emocional.
Como referi, não
é a primeira vez que estamos em confinamento, e se houve algo que o primeiro
confinamento nos ensinou, foi que o longe se torna perto. O distanciamento
social não implica o distanciamento emocional; conversarmos com a nossa
família, através de uma videochamada, é o mais próximos que podemos estar neste
momento para garantir a segurança de todos. Falar sobre o que sentimos com quem
amamos, pode ajudar-nos a perceber que não estamos sozinhos e que há outros que
nos compreendem. É fundamental não esquecer que também é importante partilhar
quando nos sentimos bem-dispostos.
O autocuidado é
a chave para o bem-estar. A prática de exercício físico e de relaxamento, uma
alimentação saudável, a manutenção de bons hábitos de sono, o envolvimento em
atividades diversificadas que nos deem prazer, e sentirmo-nos agradecidos por
coisas boas que tenhamos vivenciado ou sentido, são estratégias que fomentam a
nossa saúde mental.
Contudo, esta
pode ser uma fase difícil, onde os sentimentos de ansiedade e inquietação são
persistentes. Se for esse o caso, é natural que peça ajuda a um psicólogo!
Nós estamos cá
para si.
Baseado em “COVID-19 – Caixa de Ferramentas para Manter a Saúde Psicológica: Segundo Confinamento” da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Dra. Eunice Caracol - Cédula n.º 21959
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